A violência contra a mulher desconhece barreiras de classe, religião, etnia, instrução ou geografia. Ainda, lamentavelmente, recheia o noticiário dos jornais.
Desde a promulgação da Lei Maria da Penha, há quatro anos, contudo, as mulheres têm deixado de sofrer em silêncio. Aos poucos, as coisas estão mudando.
A Lei ampliou a visibilidade da agressão covarde, praticada principalmente por aqueles que usufruíram a intimidade, o afeto e o convívio da mulher, e muitas vezes na frente de crianças e jovens. O perdão é a porta aberta para a reincidência e pode levar à morte.
A mulher não pode ser considerada “objeto de posse” ou “produto”. Não valemos uma cesta básica. Era assim até há pouco tempo. As mulheres querem uma resposta efetiva do Estado brasileiro: suporte para uma vida sem violência – a vida delas e a de suas crianças.
Comportamentos violentos não podem ser tolerados. É inconcebível proteger um agressor com a justificativa do erro de interpretação. Se houver risco à integridade da mulher, a prisão preventiva do homem tem de ser decretada.
É imperativo criar os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres.
A Lei Maria da Penha foi escrita a partir da ausculta e da observação da vida real em todo o país. A sociedade brasileira clama por um movimento suprapartidário pelo seu pleno cumprimento, com a participação de nossas instituições, educadores e meios de comunicação. Que envolva homens e mulheres desejosos de um mundo de igualdade de direitos, sem impunidade!
A Lei Maria da Penha é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher uma das três melhores leis do mundo.
Nosso objetivo é mudar o velho ditado popular: em briga de marido e mulher, devemos meter a colher!
Lei Maria da Penha Neles!
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